De à uns tempos para cá que os anúncios publicitários de alguns produtos que eliminam as bactérias em 99,9% vêm-me "incomodando", não só porque conheço os efeitos prejudiciais que isso poderá trazer para o futuro mas como a propaganda levamos a querer que é uma atitude inteligente e benéfica para a nossa vida. Mas será??
Isto acontece exactamente quando uma pessoa está tomar medicamentos para a gripe e de um momento para o outro decide parar porque já se sente melhor e então não vale a pena continuar a encharcar-se de mais antibiótico pois já passou. NADA MAIS ERRADO!!! A verdade é que se o médico ou farmacêutico prescreve um medicamento para x dias é para tomar esses x dias, pois se tal não acontecer o vírus que infectou poderá adquirir resistência.
O quê isto de adquirir resistência?
À partida o agente patogénico será sensível ao medicamento e morrerá, mas se ele por algum motivo conseguir resistir ao "ataque" do medicamente (por exemplo não tomar a prescrição recomendada) muito provavelmente encontrará estratégias para contornar esta situação. Certamente já ouviram falar de estripes virulentas ou multi-resistente.
Isto acontece igualmente com o uso abusivo de pesticidas, em que as pragas igualmente adquiram resistências e depois não há pesticida que nos valha.
Com base desta informação é que eu considero estes produtos um atentado, porque (como é óbvio) só 99,9% é que morre, ficando sempre 0,1%. Basta ficar esse 0,1% para adquirir resistência e tornarem-se estripes mais virulentas.
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