domingo, 1 de fevereiro de 2009

Cancro do Estomago

Num estudo a publicar pela revista Human Molecular Genetics, investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), liderados por Carla Oliveira, mostram pela primeira vez que algumas famílias com esta doença, mas sem diagnóstico genético, apresentam aquele defeito no gene da caderina-E.

Vários grupos de investigação já tinham encontrado alterações naquele gene, o único associado ao cancro hereditário do estômago, mas numa porção muito pequena.

"É que o gene tem muitas outras porções que não fazem parte da proteína, mas servem de zonas de regulação", explicou à Lusa Carla Oliveira. "Imagine que este gene é um cordão com dez chouriços", exemplificou. "Nós normalmente só pesquisamos nos doentes três desses chouriços, porque normalmente não aparecem alterações nos outros sete". Isso significa que havia 50 a 60 por cento das famílias que não tinham diagnóstico, apesar de terem cancros iguais, acrescentou. Em Portugal, considerado um país com alta incidência, estão identificadas 80 famílias com a doença, que é fatal na maior parte dos casos.
O objectivo era identificar famílias negativas para mutações dos 30 por cento de ADN que são correntemente estudadas e alargar esse estudo a outro tipo de alterações que cobrissem uma frequência maior do gene.
"O que temos feito até agora é o diagnóstico das mutações dos tais 30 por cento de gene, só que a percentagem de mutações desse gene em Portugal é mais baixa do que nos países de baixa incidência, assinalou. Nós temos cerca de 20 por cento das famílias com mutações, enquanto em países de baixa incidência como os Estados Unidos e o Canadá a percentagem de mutações que encontramos é de cerca de 50 ".

Na sua perspectiva, as conclusões do estudo poderão traduzir-se imediatamente em diagnósticos precoces aos doentes com esta síndrome e na identificação de mais famílias afectadas, ajudando assim a definir critérios para a sua inclusão em consultas de aconselhamento genético.

Universia

6 comentários:

Anónimo disse...

Se há doença que me mete mais medo, raiva, é o cancro. =S

É que a treta aparece em tudo, pele, cérebro, sei lá...
É do piorio.... ouvimos falar tanto em doenças, mas esta é aquele que me preocupa mais.

A Sida não é nada... para mim, o cancro, esse sim, é um flagelo.
O cancro, não deixa de o ser.. mas a Sida, sempre se consegue evitar...

Estou para aqui a asneirar, talvez...

Não sei...

Bjins e boa semana

Diana disse...

Pois o cancro surge em muitos sítios pois tudo é composto por células e quem regula essas células são os nossos genes. Se por algum motivo esse genes sofrerem uma alteração(mutações)em zonas importantes no nosso património genético(DNA), se por algum motivo as células são danificadas(radiação UV, radioactividade...) a proliferação é feita de forma anormal, podendo originar cancro.
O que está ao nosso alcance é levar uma vida o mais saudável possível, se existe historial na nossa família ter cuidados redobrados. Ter em mente que o cancro pode ser prevenido e mesmo vencido em estados precoces e que é uma doença que não "dói" (daí que quando consultam um especialista, a doença já se encontra em estado avançado)...

A SIDA evita-se no "nosso meio", em que os jovens tem acesso a todo o tipo de informação e só quem não tem os cuidados básicos de usar o preservativo é que se depara com esse flagelo. Agora em meios com África aí a situação é diferente, em que pais seropositivos iram filhos afectados com esta doença. Estas crianças nascem sem terem outra oportunidade sem conhecer outra realidade...

Se analisares os dados verás que a SIDA mata mais pessoas em todo o mundo que o cancro, que é uma doença relativa moderna em comparação.

Anónimo disse...

Concordo plenamente contigo (explicação de médica [futura]... pelo menos pareceu) :P

O cancro impõe respeito, porque, tal como disseste, implica que tenhamos sempre hábitos alimentares (e não só) para que coloquemos esse risco de lado.

Já a Sida, que é óbvio, ainda mata mais, já é (em alguns casos) preciso ter cuidado e não levar as coisas com demasiada confiança.


bjins ;)

Diana disse...

Pode ser que um dia venha auxiliar um médico, pois já estive a estagiar num laboratório em que as pessoas que lá trabalham andaram a explicar determinadas doenças e exames a médicos...Mas daqui uns aninho espero vir a ser Bióloga =) é nisso que neste momento estou-me a formar...

Unknown disse...

Adoro estes Blogs em que o autor sabe tudo sobre tudo. Fantástico! Mais um comentador que tem futuro na TV portuguesa.
Fico à espera de ver este comentário no seu blog.
Viva DEMOCRACIA!

Diana disse...

Roberto,
Deve estar-me a confundir com alguém, pois de todo não entendo o seu comentário azedo.
Simplesmente gosto de ler artigos sobre a área científica e comenta-los e dar a conhecer a outros que talvez não tenham acesso a esse tipo de informação...

Enfim nem me apraz dizer mais nada a uma pessoa que deve andar de mal com a vida e daí tanto azedume...