Caso que promete fazer rolar muita tinta na imprensa, andar de boca em boca e avivar a nossa memória bombardeando nos telejornais com mais "novidades", Freeport à muito que já deixou de ser um caso de policia, para passar a ser um julgamento em praça publica e de desacreditação.
Porque tudo o que é novidade é olhado com desconfiança e porque o país encontra-se num estado "relaxado" já à muito tempo (tempo de mais), que tudo o que seja implementado para o esforço física, agilidade mental e destreza com o mínimo de erros é pedir muito. Porque quem tenta mudar, mentes e acções e acima de tudo quem vê o que vai mal e tenta mudar (mesmo que isso implique o beneficio colectivo e sacrifício individual), como é óbvio não é bem aceite. E é aqui que entra José Sócrates. Como é óbvio este homem criou muitos "inimigos" pois tirar regalias nunca é fácil, como por exemplo:
Menos tempo de férias para os tribunais (antes tinham 3 meses PORQUÊ?!e depois queixam-se que a nossa justiça é lenta);
Escolas a fecharem e os populares em manifestações (numa terra perto de onde eu moro tenho conhecimento que uma escola foi encerrada porque apenas tinha 3 meninos, mas o transporte foi assegurado através de táxi para a nova escola, em que os custos são suportados pela autarquia se não estou em erro) e poderia continuar...
Isto tudo para dizer que se instalou, a meu ver, a ideia de anti-qualquer coisa que Sócrates possa fazer. Já disseram que o homem era gay (como se alguém tivesse haver com isso), inglês por correspondência, que assina projectos sem serem deles (toda a gente que trabalha no meio sabe que isso funciona muitas vezes assim e se não acreditam informam-se), enfim e agora o Freeport.
Não estou aqui para defender o governo nem sequer o Sócrates, recebo o mesmo por estar a escrever isto (que é igual a nada), só que na sexta-feira passada na abertura do jornal da TVI lá veio o caso Freeport e que o Sócrates era culpado até à raiz dos cabelos. Quase de imediato liguei para a RTP1 e vim logo de onde vinha a bronca...